Análise do Especialista: Coronavírus e as MPE’s
Depois de um período que estávamos reestruturando nossa geração de conteúdo, voltamos com nossa análise do especialista.
E o assunto de hoje é o que mais está na pauta dos jornais, nos últimos dias, o “CORONAVÍRUS”.
Trataremos nesse espaço, a relação do CORONAVÍRUS com o ambiente de negócios das pequenas e médias empresas.
Então, vamos lá:
Parece até parte de um filme de suspense ou mesmo terror. Logo agora que estávamos esperançosos em ter um ano de retomada econômica, com os indicadores apontando uma melhoria, vem um balde de água fria e derruba nossas expectativas. Esse balde de água fria tem nome e origem, CORONAVÍRUS e surgiu no final de 2019 na China.
A pergunta que fica é: E para a Pequena e Média empresa, o que isso impacta?
Inicialmente, vamos aos fatos que temos até o momento:
* Temos no Brasil hoje (12 de março), 73 casos confirmados e uma chance grande de crescer em escala exponencial (no último final de semana tínhamos “apenas 25 casos confirmados);
* O vírus está presente em 110 países e já infectou 118 mil pessoas, com um número de mortes de 4,2 mil.
* Eventos já estão sendo cancelados, os EUA proibiram voos vindo da Europa, torneios de futebol foram adiados e algumas escolas e faculdades estão cancelando suas aulas.
Em síntese, embora o vírus tenha uma taxa de letalidade (capacidade de matar) baixa (cerca de 3%), sua capacidade de transmissão é alta, na ordem de 2,7 pessoas por cidadão infectado, ou seja, cada uma pessoa contaminada, passa o vírus para 2,7 outras pessoas.
Esse cenário traz preocupação e apreensão em todos, como resultados econômicos temos uma queda acentuada da Bolsa de Valores (somente essa semana, por dois dias, a bolsa passou de 19% de queda e teve de interromper as operações), o cancelamento de voos e eventos, e o dólar ultrapassando a barreira dos R$ 5,00.
Enfim, a incerteza e o medo tomam conta e fazem com que toda a sociedade fique perdida.
Para as Pequenas e Médias Empresas, alguns aspectos precisam ser observados:
1) Monitorar o avanço do vírus, o crescimento das taxas de propagação e as medidas que estão sendo tomadas;
2) Analisar junto aos seus fornecedores como estão suas operações (estoques e equipe) para se prevenir de eventuais faltas de produtos;
3) Montar reservas financeiras para enfrentar um (provável) período de baixa de vendas, que acontecerá se o vírus continuar a se espalhar;
4) Montar planos contingenciais para compensar eventuais quedas de movimentos, podendo substituir serviços e produtos por outros;
5) Promover ações de educação e higiene para colaboradores e clientes, a fim de não ajudar a espalhar ainda mais o vírus;
6) Empresas que trabalhem com entretenimentos e serviços em locais de aglomeração, devem pensar e planejar alternativas para venda de seus produtos/serviços;
Os setores que serão mais afetados, caso continue e evolua o contágio do vírus, são turismo, educação, entretenimento, indústrias e comércios que dependem de componentes vindos do exterior, e outros que dependam direta ou indiretamente do contato com pessoas ou relacionamento com exterior e localidades afetadas pela pandemia.
Finalmente, e sintetizando a análise, os remédios para esse momento são os mesmos que em diversas outras situações, quais sejam, ANÁLISE, PLANEJAMENTO e PRECAUÇÃO.
Quem souber fazer a lição de casa, poderá ter resultados melhores, já aqueles que não conseguirem, infelizmente, sofrerão mais.
Que o CORONAVÍRUS seja rapidamente eliminado e que possamos voltar a viver em um cenário de normalidade.
Grande abraço e conte conosco!