Análise do Especialista – Edição Especial – Dia da Mulher
Olá, Tudo bem?
Chegando por aqui mais uma análise do especialista, trazendo sempre um conteúdo exclusivo e escrito para te ajudar no desenvolvimento de sua carreira e de seus negócios.
Hoje, como não poderia deixar de ser, o tema desta análise é sobre Mulheres. Aproveitando esse dia dedicado todo à elas.
AS MULHERES JÁ DOMINAM O MUNDO, RESTA AGORA A SOCIEDADE RECONHECER E REVERENCIAR
Antigamente muito se falava que “um dia, as mulheres dominarão o mundo”, por vezes, logo após essa frase vinham “piadinhas” maldosas que diziam “só não o fizeram ainda porque estão arrumando o cabelo” ou coisas do tipo. Muitos duvidavam, outros diziam que demoraria, mas fato é que, enquanto parcela da sociedade falava, as mulheres iam a luta e realizavam.
Em seu magistral livro de 1968 “Uma Era de descontinuidades”, Peter Drucker descortina o mundo que hoje vivemos, dentre as principais causas das transformações, o mestre sabiamente apontava que a sociedade deveria mudar por conta da mulher que, não mais seria a “Amélia” submissa ao marido e que ficava dentro de casa cuidando dos filhos, mas que seria uma mulher independente, que ocuparia as vagas de emprego e com isso mudaria todo o contexto e desenho da sociedade. Dito e feito, como sempre Drucker foi cirúrgico. A “nova” mulher que trabalha, estuda e tem sua independência, e ainda, no terceiro tempo de sua vida, cuida da casa, dos filhos e do marido, mudou o desenho e a composição familiar, mudou a forma de se consumir, mudou o ambiente de trabalho, enfim, a mulher mudou o mundo.
Hoje, isso já é realidade. De acordo com o Censo do Ensino Superior de 2018 (relativo ao ano de 2017) o número de mulheres nas universidades é maior, 55% contra 45% dos entrantes de sexo masculino. O número de mulheres chefes de família mais que dobrou nos últimos anos e o número de mulheres que empreendem, no ano de 2016, foi maior que o número de homens. Isso sem contar nas inúmeras mulheres que ocupam cargos públicos e privados de liderança pelo mundo.
Estes são apenas alguns dados que retratam essa realidade. O problema é que temos ainda uma sociedade predominantemente “desenhada” para os homens. A legislação vigente, a cultura das organizações, a disposição de equipamentos e até as roupas de trabalho, muitas vezes, são feitas pensando no uso por homens, e as mulheres acabam tendo de se adequar a isso.
Conscientes dessa mudança na sociedade e por reconhecer que as mulheres se prepararam e estão prontas (pois foram a luta por seu desenvolvimento) algumas empresas começam um movimento de ajustes internos que visem potencializar o trabalho das mulheres, com ações que passam desde a igualdade salarial entre homens e mulheres, chegando até em possibilidade de home-office e não viagem para mães de crianças com até 2 anos de idade. Mais do que isso, muitas organizações estão atuando fortemente com um sistema de compliance e construção de cultura que visa eliminar atos de machismo, assédio, preconceito e outros.
Essas empresas não são somente socialmente responsáveis, mas também perceberam a qualidade e o potencial dessas mulheres no trabalho e não querem perder esses talentos. Claro que há ainda também outras empresas que acham isso bobagem e nem pensam nesses aspectos, ou ainda pior, promovem uma cultura machista e descriminatória contra as mulheres, mas dessas empresas é melhor nem falarmos, pois o tempo se encarrega de aplicar o merecido castigo.
Uma organização moderna não pode permitir casos que rebaixem as mulheres, deve investir fortemente na inclusão e na diversidade, e criar uma cultura organizacional de compreensão e respeito entre todos.
Por fim, precisamos também enquanto sociedade repensar nossos atos e casos de omissão. Pesquisa realizada pelo Prof. da ESPM Fábio Mariano Borges, no final do ano passado, chamada de “Taxa Rosa”, evidenciou que, em média, a versão feminina de produtos custa 9% mais. No caso de roupas infantis a diferença chega a 25%. Caso clássico é o das lâminas de barbear/depilar Gillette, que a diferença de preços entre a versão masculina e a versão feminina atinge 20%.
AS MULHERES CHEGARAM LÁ!
Chegaram por méritos próprios, lutando contra todos os contras e dificuldades que eram impostas a elas somente por serem mulheres, e agora cabe a nós, enquanto sociedade, reverenciar e lutarmos juntos por uma sociedade mais inclusiva e justa para ELAS e para todos nós.
Parabéns mulheres! Não somente por esse 08 de março, mas principalmente pelos seus feitos. Vocês são incríveis.
O mundo mudou por causa de vocês, e isso é MARAVILHOSO!!!